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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Games que viram filmes que se inspiram em games - RBS

Um cenário pós-apocalipse. Um livro que carrega a chave para salvar o mundo. Um ‘herói’ que tem o poder e um ‘vilão’ que o quer a qualquer custo.
Filmes que trazem o fim do mundo como o principal ingrediente da trama estão em alta e conquistam mais espaço na sétima arte a cada dia. O tempero apocalíptico já é velho conhecido no meio dos jogos eletrônicos. Inclusive, muitos serviram de inspiração para o cinema.
Tem um que chama a atenção em especial. Antes do seu lançamento no Brasil, em março deste ano, o filme “The Book of Eli”, estrelado por Denzel Wanshigton, causou polêmica no meio dos games. O longa mostra a trajetória de Eli, um dos sobreviventes de um futuro pós-apocalíptico, que precisa atravessar os EUA para passar adiante conhecimentos contidos num misterioso livro capaz de trazer redenção à humanidade.
Uma obra visualmente inspirada no RPS (misto de RPG com shooter) da Bethesda levou muitos fãs a acreditarem estar diante de uma adaptação de Fallout 3. Tudo começa no Vault 101, um dos inúmeros abrigos nucleares subterrâneos onde vivem os sobreviventes de uma guerra nuclear que transformou o planeta em um lugar inóspito e inabitável.
Ok. Mas o que o filme tem que faz lembrar tanto Fallout 3? As semelhanças não são poucas. Veja:

- Ambientação num cenário pós-apocalíptico conhecido como wasteland (terra devastada pela guerra);
- Um misterioso viajante solitário carrega a chave para salvar a civilização;
- Um megalomaníaco que quer este poder e o oferece para a reconstrução do mundo;
Rodovias com viadutos destruídos;
- O efeito “slow motion” e a mira de Eli quando vai atacar remete ao sistema de V.A.T.S. de Fallout 3. Trocando em miúdos, é um tipo de mira automática que focaliza partes específicas do corpo do inimigo, tornando o tiro mais preciso e certeiro;
- Granadas, arco e flecha, facas, espingardas (shotguns) e revólveres (handguns) que indicam uma variedade de armas como em Fallout 3;
- Direção de arte semelhante, com a mesma paleta de cores (cores primárias misturadas a tons de cinza), até a tipologia do logo que lembra e muito o jogo.
Coincidências? Não há indicações, ao menos formais, de que “The Book of Eli” é uma versão para as telonas de Fallout, nem que seja uma cópia do jogo, mas ambos parecem ter seguido as mesmas influências artísticas e culturais. O filme foi escrito por Gary Whitta, ex-editor da revista PC Gamer, além de passagens pelos roteiros de Duke Nukem Forever, Prey e Gears of War. Assim, não há como negar a influência dos games na produção do longa, mesmo que a intenção não tenha sido reproduzir Fallout nos cinemas. Quem também ficou com essa sensação?
Para quem já jogou Fallout e quiser conferir as semelhanças, fica aqui o trailer do filme:


Outro filme que lembra, mas nem tanto é o Mad Max. Lançado na Austrália em 1979, o longa estrelado por Mel Gibson também se passa num mundo pós-apocalíptico.
E por falar em jogos com um toque de game over, antes da franquia de Fallout, a Electronic Arts lançou Wasteland em 1988, que foi um dos grandes precursores dessa linha. Depois de uma guerra nuclear entre EUA e a então União Soviética que transformou o planeta numa wasteland, só há um objetivo: sobreviver. O sucesso resultou, oito anos depois, na sequência Fountain of Dreams, dessa vez na Flórida pós-guerra.

Outros jogos que viraram filmes
Embora não haja vínculo formal da ligação entre “The Book of Eli” e Fallout 3, muitos jogos foram adaptados às telas do cinema para valer. Assim como as versões de histórias em quadrinhos, a transposição dos games para a telona nem sempre agrada a gregos e troianos. Então, vamos relembrar alguns que marcaram, seja pela fidelidade ao jogo, pelo enredo adaptado ou pelo fracasso nas bilheterias.
Super Mario Bros (1993)
Um dos personagens precursores do estilo plataforma também foi o pioneiro nas telas do cinema. Mário, o encanador italiano baixinho e barrigudo da Nintendo, junto com seu irmão Luigi, marcou a infância de muitos ao saltar em blocos coloridos na missão de resgatar a princesa das garras do Bowser Koopa.
Street Fighter (1994)
No filme, o todo-poderoso Mister Bison tem apenas uma meta: dominar o mundo (Isso lembra algo familiar. “O que vamos fazer hoje, Cérebro? O que fazemos todas as noites, Pinky. Tentar conquistar o mundo!”) Mas voltando ao que interessa, o grande vilão teria que enfrentar Guille, das Forças Especiais Americanas. E como ficam Ryu e Ken, os verdadeiros protagonistas do game?

Mortal Kombat (1995)
Seguindo a onda dos jogos de luta que começou com seu antecessor, MK retrata o misterioso torneio de artes marciais que decidiria o futuro do planeta. Elementos vistos nos estágios dos jogos, como os Shadow Priests, os espinhos do The Pit, a faca de Kano, aparecem no filme.
Final Fantasy (2001)
Carregando o nome da famosa franquia da Square Enix, FF foi um dos filmes em computação gráfica mais bonitos e detalhados já vistos até então. Apesar da alta qualidade, a falta de similaridade com elementos da série emperrou o sucesso.
Lara Croft: Tomb Raider (2001)
Com Angelina Jolie na pele de Lara, a heroína deve impedir que a antiga organização Illuminati se apodere do artefato que pode controlar tempo e espaço. Altas cenas de ação, além de caras e bocas a ‘la Lady Croft’.  A sequência lançada dois anos depois, no entanto, deixou a desejar. Imagina se fizessem aquela cena de Tomb Raider III na casa da Lara com a “perseguição” do mordomo e sua inseparável bandeja?

Resident Evil - O Hóspede Maldito (2002)
Supostamente, o filme se passa em paralelo ao primeiro jogo. Com Milla Jovovich no papel de Alice, uma garota que sofre de amnésia e se envolve no confronto contra zumbis que habitam a misteriosa The Hive, da corporação Umbrella. O longa retrata a sensação de pânico e solidão do game. Em 2003 saiu a continuação, seguida quatro anos depois por mais uma adaptação. Mas e o Nemesis? Mudança radical do game para o cinema…
Terror em Silent Hill (2006)
Rose, uma jovem mãe desesperada para encontrar uma cura para a doença de sua filha única, foge em direção a uma cidade abandonada em busca de respostas. Destaque para o antagonista Pyramid Head, um monstro sem voz e sem rosto visível, também conhecido por Red Pyramid ou Bicho-Papão. Ele representa o desejo de James Sunderland, como uma punição por seus crimes.

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