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terça-feira, 27 de julho de 2010

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Review – Metro 2033

Metro 2033 é a adaptação do livro homônimo de 2005, escrito pelo autor russo Dmitry Glukhovsky, que fala de um futuro pós-apocalíptico, no qual bombas atômicas condenaram a cidade de Moscou a um inverno nuclear que já dura cerca de 20 anos. Com a presença de resíduos atômicos na superfície, resta apenas aos humanos se refugiarem nas estações de metrôs da capital russa. É nessa nova realidade que os sobreviventes se juntam em bolsões, situados em diferentes estações, cada qual com seu modo de vida e comportamento diferente; alguns amigáveis, outros nem tanto. O jogo segue o enredo do primeiro livro, que narra a história de Artyom, um jovem residente da estação VDNKH que precisa embarcar numa jornada até a estação Polis, em busca de socorro. Como se sobreviver embaixo da terra e conviver com humanos renegados não fosse o bastante, o herói deverá encarar o perigo constante de criaturas mutantes que surgiram após a hecatombe nuclear, além de ter de lidar com a presença de regiões tóxicas e fenômenos sobrenaturais.

Logo de cara, Metro 2033 consegue sugar o jogador com sua atmosfera. O nível de imersão aqui é um dos grandes atrativos; não apenas a história, mas também a ambientação ajuda a criar um clima para o jogador. Os detalhes de cada cenário, como objetos e estruturas desgastadas do pré-guerra, estações de metrô com o cotidiano dos NPCs, túneis escuros com sons abafados, efeitos de luz e sombra e até detalhes da própria jogabilidade, como as armas e equipamentos com um aspecto visual bem ao estilo SteamPunk, contribuem imensamente para formarem este ambiente envolvente. A própria jogabilidade também se mescla diretamente à criação do clima, através do uso da máscara de gás, por exemplo. Ela é necessária para se poder atravessar algumas regiões infectadas por gases tóxicos, mas, ao contrário do que se vê em outros jogos, ela não é um item de utilização automática. Você sempre precisa equipá-la assim que seu personagem entra em áreas tóxicas, e, além de ser necessário ficar de olho nos seus filtros de ar, cuja duração é sempre indica pelo seu relógio de pulso, o mais importante é o cuidado que precisa ser tomado nas horas de combate. Sua máscara pode quebrar, e um furo no visor dela enquanto se está em algumas dessas áreas inóspitas significa morte. Um último pequeno detalhe, que para mim chamou bastante a atenção justamente por ajudar na imersão, é a opção de se poder jogar o jogo com todas as falas em russo. Pode não parecer, mas isso ajuda na construção do cenário.

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